A Volta ao Mundo em 80 Dias com Willy Fog ( La Vuelta al Mundo de Willy Fog/Around the World with Willy Fog/Dobutsu Hachijunichikan Sekai Ischou ) é uma série de animação baseada no livro de Jules Verne: A Volta ao Mundo em 80 Dias, e usa animais como personagens.in pt.wikipedia
A história conta que o Sr. Sullivan desafia o cavalheiro do Clube da Reforma Londrina chamado Willy Fog a dar a volta ao mundo em só 80 dias. E ele aceita. Agora, Willy Fog conta com a ajuda de seus melhores amigos Rigadon, um artista circense e sua Mascota Tico; e sua princesa Romy, visitando Londres, Suez, Bombaim, Havaí, Tijuana, Hong Kong e Singapura de elefante, de barco, de trem ou de balão. Os 4 heróis também enfrentam obstáculos preparados pelos vilões do Sr. Sullivan.
Assim como Dartacão, o desenho foi produzido pela BRB Internacional S.A. ( Espanha ) e realizado pela Nippon Animation ( Japão ).
Willy Fog estreou sua 2a série em 1993, desta vez sem a participação da Nippon Animation ( pois fora do Japão, assim como Dartacão os direitos de Willy Fog pertencem à BRB. ), uma co-produção entre Espanha, Taiwan e Coréia. Nesta 2a série, Willy Fog, Rigadon e Romy vivem aventuras baseadas nas criações de Jules Verne.
CRÓNICA DE HOJE – Outros tempos
A malta andava de bicicleta na rua, sem capacete nem cotoveleiras e sempre a fundo. Bebíamos água directamente da mangueira e não duma garrafa esterilizada. Andávamos porque gostávamos e as pneumonias não contavam para o “totobola”. O Vicks Vaporub fazia milagres e a urgência do hospital era só para os outros.
A malta abalava de manhã, brincava o dia inteiro e o toque a recolher só acontecia quando se acendiam as luzes da rua. Por causa das miúdas, trocávamos uns sopapos valentes e medíamos forças nas jogatanas no meio da rua. Tudo terminava com um grande abraço e um sorriso. E recomeçava dali a pouco porque o Gastão era um abusador...
Bolos, batatas fritas e refrigerantes constituíam a dieta... sem consequências, pois o consumo de energia era elevado. Gordura? Nem vê–la! Os dias, mesmo com escola, tinham ar livre q.b; dava para correr, saltar e deitados na erva, depois de uma jogatana intensa, olhar o céu.
A Playstation os Nintendos eram miragens e os canais do cabo uma coisa do outro mundo. Talvez da... América. Telemóveis, e–mails, multimédia ou Internet eram produtos da ficção cientifica. A malta via e... duvidava. Jogar ao prego e ao pião, provocava alguns dissabores por força das apostas. Quem perde paga, ou melhor come: gafanhotos, por exemplo. Gargalhada geral e histórias que ainda hoje se contam quando surge uma cara conhecida.
Os gelados da Olá ofereciam uns bonecos foleiros e as pastilhas elásticas eram conhecidas por “Piratas”. Nas ocasiões especiais, um “cristo” escolhido a dedo desviava um charuto caro ou uma mão cheia de cigarros. Era esfumaçar até às tantas, exibindo o crescimento (piu!) e uma tosse do caraças! Valia a pena o sacrifício, pois “elas” recompensavam a proeza com um beijo às escondidas com sabor a rebuçado. Na escola, os que ficavam de fora da equipa não entravam em depressão. Davam o litro e esfarrapavam para entrar na “seita”.
Quando um dos nós entrava em pânico com a matemática, os outros não pediam nada em troca pelo socorro em tempo real. O copianço salvava a pátria. Não existiam testes extra ou passagens na secretaria. Existiam mestres para tudo: craques nos balões com as pastilhas Pirata, bebedores de pirolitos, devoradores de oitos de canela... Sempre a rir amigos, criadores de ilusões, com liberdade para tudo. E sem medo das consequências. Crescemos assim. Sem apoio psicológico ou drogas.
Hoje, não há futebol na rua e o miúdo do andar de cima brinca sozinho. As meninas não saem à rua porque os pais têm medo, não há erva para esticar as pernas e ver o céu de papo para o ar. A gripe ataca que se farta, não há pastilhas Pirata, nem pirolitos, nem televisão a preto e branco. A rádio esqueceu a onda média e o computador comanda a vida. Resta o Vicks Vaporub, que, como se sabe, não é remédio para todos os males...
Recordações de infância de um trintão...
Olhando um pouco para trás na vida, nós trintões tivemos realmente muita sorte em termos sobrevivido à nossa infância... mas ainda bem!
Nós viajávamos, com a cabeça de fora de qualquer janela, em carros sem cintos de segurança, sem pré-tensores, air bags frontais e laterais, cadeirinhas especiais para bebés, barras laterais de segurança, computador de bordo e traction control... e era sempre a abrir, sem acidentes...
Não tivemos nenhuma tampa à prova de crianças em frascos de remédios, venenos, pimenta, sal, portas, ou armários pontiagudos e sobrevivemos...
Andávamos de bicicleta na rua, sem capacete nem cotoveleiras e era sempre a abrir...
Pedíamos boleia, sempre a adultos que nos levavam onde queríamos e ainda nos davam um rebuçado e não pediam nada em troca...
Bebíamos água directamente da mangueira, do rio ou do lago e não duma garrafa esterilizada «N» vezes...
Andávamos à chuva sem nada para nos proteger, aos pulos de alegria porque era o máximo e não tinhamos pneumonia porque a nossa mãe nos dava Vicks Vaporub, em vez de gastarmos 6 horas na urgência de um qualquer hospital para "descobrirem" que estávamos constipados e nos receitar algo que dava viagens ao "descobridor"...
Gastámos horas a "speedar" nas nossas bicicletas e só então descobríamos que nos tínhamos esquecido dos travões depois de colidir com algumas árvores, carros, muros e amigos que gostavam de nos ver e gritavam ao ver-nos a abrir... e alguns adultos que se via logo logo que nunca foram crianças...
Mas aprendemos a resolver o problema! Nós pensávamos e mudávamos o mundo apenas com a nossa vontade e acção...
Saíamos de casa de manhã, brincávamos o dia inteiro, e só voltávamos quando se acendiam as luzes da rua... imaginem tal coisa... sem pedir autorização aos pais ou aos avôs... tudo por nós mesmos, lá fora, no mundo cruel, impiedoso e selvagem!
Ninguém nos podia localizar: eramos reis e senhores absolutos do nosso destino... não havia telemóveis nem chips de localização por satélite!
Esmurramo-nos uns aos outros por causa das meninas e aprendemos a superar tudo isto com um grande abraço e um sorriso sincero na cara... e um «vamos começar outra vez como se nada tivesse acontecido»...
Comemos doces, bolos, batatas fritas e bebemos refrigerantes, mas não éramos gordos...
Estávamos sempre ao ar livre, a correr e a brincar e a saltar, deitados na relva depois do futebol e a olhar para o céu ou admirando o pôr do Sol...
Compartilhámos garrafas de refrigerante pela boca e ninguém morreu por causa disso...
Não tivemos Playstations, Nintendos, Tamagochis e toda a parafernália de jogos de vídeo, nem os 43 canais do cabo com som dolby surround, telemóveis UMTS, e-mails, computadores multimédia ou Internet e eramos mais felizes do que nas amanhãs que cantam...
Fizemos jogos com lenços, picas e piões, comemos minhocas e gafanhotos só por aposta e nunca nos caíram os olhos ou eles ficaram vivos na nossa barriga para sempre...
Masturbavamos-nos e nunca caíram os dentes e o padre sempre nos perdoava tal "pecado"...
Eramos gente simplesmente alegre ao fim de três garrafinhas de Martini e não mais do que isso...
Deliravamos com a música do anúncio da "Laranjina" e aprendemos a dançar em comboínho...
Fumávamos charutos roubados aos nossos pais ás escondidas e nunca ficámos viciados em coisas mais pesadas...
Davamos beijos às escondidas, menino a menina e vice-versa, meio a sério meio a brincar, e nunca mais nos esquecemos porque gostámos muito... sobretudo do primeiro...
Nos jogos da escola, nem toda a gente podia fazer parte da equipa e aprenderam a lidar com a decepção sem psiquiatras nem programas de recuperação, quotas imbecis e incentivos escolares, coisa que hoje todo o mundo não prescinde mesmo sabendo que só criam verdadeiros problemas...
Alguns estudantes não eram tão inteligentes quanto os outros e nós os deixávamos copiar tudo, sem pedir nada em troca na esperança de eles aprenderam e estudarem na próxima...
Não se inventavam testes extra, passagens na secretaria, mesmo sendo filhos de alguém conhecido...
Eramos nós os únicos responsáveis pelas nossas acções e arcavamos com todas as consequências... e que viessem elas! A vida era assim e nós nunca deixámos de a adorar, tal como ela é!
Imaginem! A nossa geração produziu alguns dos melhores fabricantes de riscos em papel, de mastigadores de chicletes Gorila e suas enormes bolas, de bebedores de pirolitos de um escudo, e que bons que eram... de sorrisos e amigos para sempre, de criadores de soluções simples e geniais... tivémos liberdade, fracasso, sucesso e responsabilidade, alegria e tristeza e aprendemos a lidar com tudo isso, sem culpar ninguém e assumindo desde logo e sem medos as nossas responsabilidades, e até rindo das nossas desgraças... que logo esquecíamos, porque partíamos para realizar outro sonho...
Como conseguimos fazer isto? Simplesmente porque queríamos!
Eu e tu somos crianças que cresceram desta forma... Parabéns, pá!
Por isso mesmo, lembra-te disto e explica-o à tua descendência... e explica-lhe que isto é a mais pura verdade, que tu e eu tivémos a sorte de nascer e crescer como crianças!"
Fernando Rocha (<- lol) Clix Humorix
Etiquetas: the 80s are alive
deixar comentário em os 80:ies fizeram-me bemVenho por este meio comunicar que no dia 22 de Dezembro já têm onde ir. Logo após o jantar, por volta da meia-noite, toca a dar um saltinho ao Swing
(Porto). É a festa QUERIDOS ANOS 80. Vamos recordar os sons da nossa juventude (quando éramos ainda mais jovens do que somos agora), beber um copo e, se o reumático permitir, abanar o capacete. E tragam amigos! E amigas!
http://www.dear80s.blogspot.com