televisão: Febre de Sábado de Manhã
| Published segunda-feira, janeiro 30, 2006 by Wellen |
Febre de Sábado da Manhã foi um programa da Rádio Comercial apresentado por Júlio Isidro que apresentou diversas bandas dos anos 80 e que teve um enorme sucesso. Não sou da geração deste programa, mas aqui fica o registo ;)
Foi um programa de rádio muito importante para a música portuguesa, bem como para a música que se fazia lá fora., numa altura em que Portugal era ainda fechado "a estas coisas". Xutos e Pontapés, Trovante, GNR, Heróis do Mar, entre outros, todos nasceram no programa de Júlio Isidro. Era o surgimento do
rock português.
Neste sábado pôde-se assistir na TV a comemoração dos 25 anos do programa, com bastante música dos "originais" que naquele tempo, davam música ao programa. Não consegui ver o programa como queria (vi muito pouco), mas destaco a prestação dos TAXI, que se reuniram de propósito para a comemoração e ensaiaram só duas horas! Qual
Bands Reunited da VH1! ;) Um espectáculo assim deveria ser editado em DVD!
Era sábado de manhã e acordávamos cedo para rodar o botão da telefonia. Às dez horas começava o Febre de Sábado de Manhã, um dos programas de rádio que fez parte dos hábitos de escuta de uma geração. Como escreve o DN era "O dia em que a febre saía à rua e o País parava".
Na Rádio Comercial, entre as 10H e as 13H, Júlio Isidro fazia um programa ao vivo e em directo a partir do Nimas de Lisboa. Por lá passaram as bandas que faziam sucesso na época e todas as que davam os primeiros acordes no chamado "rock português" - ao vivo e sem "playback".
O programa, que esteve três anos no palcos e no ar, comemora agora 25 anos com um espectáculo e um CD.
Febre de Sábado de Manhã entrou para a história dos programas da rádio portuguesa na década 80. Na memória de uma geração de ouvintes e músicos fica aquele sábado em que Júlio Isidro conseguiu levar 40 mil ao Estádio de Alvalade.
por
Isabel Reis
Triplo CD traz «Febre de sábado de manhã» de volta
O antigo programa de rádio ao vivo «Febre de sábado de manhã», da Rádio Comercial, «regressa» 25 anos depois num triplo CD onde só falta a voz de Júlio Isidro a fazer as ligações entre músicas.
Os três CD, a editar segunda-feira para celebrar os 25 anos do programa, apresentam 64 temas que procuram ser um espelho do que foi aquele espaço radiofónico realizado e apresentado por Júlio Isidro.
O programa, que começou por ser apresentado ao vivo no Cinema Nimas, em Lisboa, esgotou a lotação naquela sala e foi depois levado até pavilhões gimnodesportivos, espaços ao ar livre e estádios, como o José Alvalade, onde reuniu 50.000 pessoas.
«Festejávamos o convívio do gosto pela música e o encontro entre pessoas, através da música», recordou Júlio Isidro, em declarações à agência Lusa.
No «Febre de sábado de manhã» passaram nomes que vão desde Adelaide Ferreira até Fizcher-Z, passando pelas Doce, Trovante, Sheena Easton, Gilberto Gil ou os Spandau Ballet.
«Naquele tempo dava-se a ouvir, para que se conhecesse, sendo possível conciliar gostos distintos com senso de humor e companheirismo», explicou o realizador.
Júlio Isidro salientou «o papel fundamental do apresentador, que sabia ligar as coisas e fazer as passagens das músicas», uma questão que leva o realizador a frisar a «importância dos programas de autor», hoje praticamente arredados das rádios portuguesas.
«Um autor ouvia e seleccionava, não havia qualquer imposição de playlists e todos nós queríamos ter audiência, não mais do que a estação concorrente, mas mais do que o programa seguinte», frisou.
Para Júlio Isidro, ouvir este triplo CD 25 anos depois do programa radiofónico poderá servir «para despertar consciências e levar a pensar na forma de fazer rádio».
«Hoje perdeu-se na rádio a própria comunicação radiofónica», enfatizou.
O realizador defende que a rádio hoje não permite um conhecimento do trabalho do artista «ao passar sempre apenas uma faixa de um álbum inteiro».
Este triplo CD foi concebido como três programas da «Febre de sábado de manhã», onde apenas falta a voz de Júlio Isidro «para fazer as ligações e as sequências».
No primeiro CD será possível ouvir os Duran Duran, Heróis do Mar, Yazoo, Talk Talk, Simone ou os Trabalhadores do Comércio e o Grupo de Baile com «Patchouly».
O segundo abre com «Sei de uma camponesa» de Rui Veloso, passa a Lena d´gua, Kajagoogoo, Thomas Dolby, Lara Li, Vitorino, Jorge Ben e fecha com as Frenéticas.
No terceiro ouve-se, entre outros, António Variações, Kim Carnes, Status Quo, Doce, Cliff Richard, Paulo de Carvalho, Djavan e, para fechar, «Pó de arroz» de Carlos Paião.
Júlio Isidro defende que este triplo CD «não é saudosista, mas faz pensar que naquele tempo as coisas eram bem feitas».
Lembra também que «essas mesmas pessoas prosseguiram as suas carreiras e na sua maioria estão aí a fazer outras coisas».
«O Rui Veloso está aí com um álbum excepcional, talvez o seu melhor de sempre», exemplificou.
No «Febre de sábado de manhã» estrearam-se 165 artistas, disse Júlio Isidro, referindo que o programa, «sem complexos, dava tudo a ouvir, respeitando cada ouvinte o gosto do outro».
«Pus a malta da pesada a ouvir Village People e até levei ao programa o Marco Paulo», afirmou.
O triplo CD, editado pela EMI Music será apresentado segunda-feira ao final da tarde no Espaço Corporate, no Estádio Alvalade XXI, em Lisboa.
Dia 28, Júlio Isidro voltará a apresentar um «Febre de sábado de manhã», com a participação de alguns dos artistas que divulgou há 25 anos, como Vitorino, UHF ou a Lena d´Água.
in
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Tenho recordações muito vagas da Febre. Consegui ver quase todo o espectáculo de sábado passado e foi, realmente, uma emoção! :)
Não me lembro nada deste programa, não percebo porquê, porque tinha idade para me lembrar e lembro-me bem dos artistas que nele participaram e naquela época, quando muitos apareceram.
Um dia destes vi uma parte do programa que deu na televisão e lembrei-me constantemente deste blogue.
;)
Sandra
Lembro-me de os meus Primos me pegarem e de me levarem lá para dentro :) ehehehehe e também me lembro destes quando chegaram a casa levarem tareia dos meus tios LOL, choro só de ouvir algumas destas musicas pois marcaram-me bastante :), Pedro Sá - Lisboa
Já não tenho idade para me lembrar do Hérman José mas do Júlio Isidro enfim... já nem consigo falar! xD
Pois eu não me lembro mas também ainda não era nascida em 83 xD
Tive pena de não assistir mas os exames e os estudos estão em 1º lugar... Espero que dê alguma repetição um dia e que eu consiga ver... Deve ter sido mesmo emocionante! =P Bem, beijinhos.